quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

CUIDADO

O resfriado escorre quando o corpo não chora.

A dor de garganta entope quando não é possível comunicar as aflições.

O estômago arde quando as raivas não conseguem sair.

O diabetes invade quando a solidão dói.

O corpo engorda quando a insatisfação aperta.

A dor de cabeça deprime quando as dúvidas aumentam.

O coração desiste quando o sentido da vida parece terminar.

A alergia aparece quando o perfeccionismo fica intolerável.

As unhas quebram quando as defesas ficam ameaçadas.

O peito aperta quando o orgulho escraviza.

O coração enfarta quando chega a ingratidão.

A pressão sobe quando o medo aprisiona.

As neuroses paralisam quando a"criança interna" tiraniza.

A febre esquenta quando as defesas detonam as fronteiras da imunidade.

domingo, 9 de janeiro de 2011

O mundo colaborativo e nossas necessidades.

Acabei de ler esse texto sobre como as formas de trabalho são hoje, diferentes de antigamente e me identifiquei muito com ele, por isso resolvi postá-lo.
Espero que seja útil para mais alguém.

Quem precisa de escritório?

Foram necessários séculos para que a agricultura e as máquinas revolucionassem as sociedades, mas desde os primeiros bits e bytes, as mudanças passaram a ocorrer em uma ou duas gerações. Por isso estamos correndo pra lá e pra cá como baratas-tontas, tentando vencer agendas superlotadas e suspirando pelos bons tempos do Bel Air.

Vejam: o que seu pai (ou avô, dependendo de sua idade) fazia era despedir-se da família e dirigir-se a um prédio onde estariam as máquinas usadas para o exercício da função. Lá havia a troca de memorandos, as reuniões e os relatórios datilografados com cópias carbonadas. Tudo sob os olhares do chefe, a quem cabia checar se o trabalho estava sendo feito corretamente e se os empregados chegavam e saíam na hora certa.

Obviamente isto se tornou impraticável hoje em dia. Tem gente e carro demais no mundo. E falta tempo para darmos conta de todas as tarefas numa era de constantes mudanças. Parece que estamos amarrados às tradições, por isso que conceitos como teletrabalho e teleconferência custam a decolar. Muitas empresas não sabem como trocar o relógio-ponto por metas. E há a legislação trabalhista, que também precisa se adequar aos novos tempos, mas não sabe por onde começar.

O paradigma que mais custa cair por terra é o do escritório. Ele deixou de ser um lugar para ser umpunhado de ferramentas.

O laptop e o smartphone nos livram dos deslocamentos diários. Não é mais necessário ir até onde as máquinas estão. A internet móvel permite que você trabalhe em casa, no café da esquina, na sala de espera do dentista. Os relatórios, documentos e memorandos estão na internet. Seu chefe pode monitorar seu trabalho a partir dos resultados. Reuniões são virtuais, isso se realmente forem necessárias. O trabalho com os colegas também é virtual, colaborativo.

Ninguém mais precisa do escritório. Nossa dependência dele é puramente psicológica. Sinceramente? Acho que não é o trabalho e a correria que nos deixa tensos, e sim, a necessidade de se ter alguém para dar um beijo de manhã cedo antes de sair...

domingo, 2 de janeiro de 2011


Gosto de quem entende o que eu digo.
De quem escuta o que eu penso.
Da minha prole. Dos meus discos. Dos meus livros.
Da minha solidãozinha.
Dos meus blues. Do meu umbigo. De unhas cor de carmim.
De homem que sabe ser homem.
De noites em claro e dias em branco. De chuva e de sol.
Eu guardo as minhas rejeições em vidrinhos rotulados com o nome deles.
Eu sou mole demais por dentro pra deixar todo mundo ver.
Eu deixo pra quem eu acho que pode comigo.
Ninguém sabe.
Mas eu tenho coração de moça.

(Fernanda Young)